Repensando as masculinidades: desafios e oportunidades da saúde mental dos homens

Vivemos em um momento crucial para questionar e reconstruir o conceito de #masculinidade que moldou nossa sociedade ao longo dos séculos.

É inegável que o projeto tradicional de masculinidade, muitas vezes associado à virilidade e agressividade, está enfrentando desafios evidentes.

A crise econômica, as questões climáticas, o ressurgimento do fascismo e outros problemas globais parecem estar intrinsecamente ligados ao desenvolvimento do que hoje chamamos de #masculinidade tóxica. Ao refletir sobre a atualidade, percebo que esse modelo de masculinidade não só falhou em proporcionar bem-estar emocional aos homens como também contribuiu para estatísticas alarmantes.

Homens enfrentam um risco de suicídio quatro vezes maior que as mulheres, enquanto seis em cada dez homens admitem sofrer algum nível de angústia emocional.

Essa realidade reflete a desconexão da masculinidade contemporânea com a importância do #autocuidado, #saúde mental e #emocional. Nos Estados Unidos, a "alexitimia" (transtorno que significa a dificuldade em identificar e expressar seus próprios sentimentos) afeta 80% dos homens. A saúde mental masculina permanece um #tabu em muitos lugares, perpetuando a ideia de que os homens devem sofrer em #silêncio.

Esse paradigma de masculinidade, enraizado ao longo de séculos, associou a ideia de poder, virilidade e agressividade à identidade masculina, afastando-a do cuidado emocional. A busca por ajuda profissional contempla esse tabu entre os homens. De acordo com o relatório da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, 69,4% dos homens passaram por consulta no ano de 2018, enquanto esse número é de 82,3% entre as mulheres. Vale ressaltar que, desse grupo, 79,4% dos respondentes se identificaram como brancos.

Faz-se necessário, ainda, ter um olhar cuidadoso e interseccional deste recorte, uma vez que consultas psicológicas de qualidade e processos terapêuticos ainda não são acessíveis à toda população brasileira. Uma pesquisa recente e inédita, feita pelo Instituto Ideia, encomendada pela revista GQ, revela que 80% dos homens brasileiros nunca se submeteram à #terapia. Diante desse cenário, é crucial direcionar um olhar crítico e embasado em evidências para essa temática.

É urgente questionarmos as posições que assumimos como naturais, pois muitas foram construídas e podem ser reformuladas.

Ao desafiar a masculinidade, as mulheres desempenham um papel vital neste processo, pois contribuem (ainda que não seja suas responsabilidades) para que eles percebam o quão insustentável é o papel que lhes foi atribuído. Não se trata de justificar a violência provocada pelos homens, muito menos naturalizá-la, mas sim de reconhecer que existem comportamentos tóxicos da masculinidade que impedem os homens a cuidarem de si e de sua saúde mental.

À frente da Horagá Diversidade e De Mãos Dadas com homens dispostos a reverter este quadro, como Humberto Baltar , Luiz Eduardo Kfouri e Marcelo Ribeiro dos Santos, tenho fomentado esta quebra de paradigma dentro dos ambientes corporativos e sociais, desenvolvendo projetos para empresas que começam a entender que os homens, sim, precisam estar incluídos nas conversas sobre #diversidade, #equidade, #inclusão e #pertencimento.

Me encho de esperança à medida que observo este movimento crescendo nos últimos anos, contribuindo com a possibilidade de abertura das empresas para possibilitar infinitas formas de expressão do que que é ser homem, libertando-nos para uma relação mais autêntica e cuidadosa com a vida.

Se essas reflexões ressoam em você, te convido a explorar nossas iniciativas no site www.pertencerimporta.com. 

Lá mostramos um pouco do que ofertamos para que você, sua equipe e empresa possam proporcionar aos homens o início de uma jornada de autodescoberta e transformação.

Juntos, acredito que podemos construir formas de expressão da nossa masculinidade mais saudável e alinhada com valores que resgatam nossa humanidade.

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